Dormindo debaixo do altar
A casa de Deliceto era pobre, com poucos quartos. Estava sempre cheia de hóspedes que vinham fazer seu retiro espiritual. Geraldo cedia seu quarto de bom grado. Ia dormir em qualquer buraco: debaixo da escada, num canto de parede, no estábulo com cavalos, cabritos e galinhas. E descobriu outro lugar maravilhoso. Havia na igreja um altar dedicado a Nossa Senhora da Consolação, onde ficava o sacrário.
Debaixo desse altar costumavam guardar todo tipo de tranqueiras: vasos quebrados, trapos de limpeza, flores murchas destinadas ao lixo, papel velho. Geraldo limpou o lugar e o transformou em seu dormitório. Antes de dormir, fazia orações e meditações quilométricas, até cair de cansaço. Um belo dia, o cansaço foi tanto que não ouviu a sineta que chamava a comunidade para a oração da manhã e para a missa. Dormia e sonhava com os anjos.
Os padres foram para a igreja e o superior começou a missa, bem sobre o dormitório do santo. Na hora da Consagração os coroinhas soaram as campainhas como de costume.
E naquele dia, parece que os coroinhas estavam bem saudáveis. Tocaram com o maior entusiasmo do mundo.
Geraldo acordou assustado. Não podia sair do seu ninho, por várias razões: O que o povo ia imaginar? Não ficava bem provocar risada durante a missa. Não queria denunciar sua devoção e suas penitências. Esperou terminar a missa e escapou do esconderijo.
O superior quis saber:
- Onde esteve esta manhã?
Teve de confessar o crime.
Bem, pobres dormem debaixo da ponte. Santos, debaixo do altar.
A casa de Deliceto era pobre, com poucos quartos. Estava sempre cheia de hóspedes que vinham fazer seu retiro espiritual. Geraldo cedia seu quarto de bom grado. Ia dormir em qualquer buraco: debaixo da escada, num canto de parede, no estábulo com cavalos, cabritos e galinhas. E descobriu outro lugar maravilhoso. Havia na igreja um altar dedicado a Nossa Senhora da Consolação, onde ficava o sacrário.
Debaixo desse altar costumavam guardar todo tipo de tranqueiras: vasos quebrados, trapos de limpeza, flores murchas destinadas ao lixo, papel velho. Geraldo limpou o lugar e o transformou em seu dormitório. Antes de dormir, fazia orações e meditações quilométricas, até cair de cansaço. Um belo dia, o cansaço foi tanto que não ouviu a sineta que chamava a comunidade para a oração da manhã e para a missa. Dormia e sonhava com os anjos.
Os padres foram para a igreja e o superior começou a missa, bem sobre o dormitório do santo. Na hora da Consagração os coroinhas soaram as campainhas como de costume.
E naquele dia, parece que os coroinhas estavam bem saudáveis. Tocaram com o maior entusiasmo do mundo.
Geraldo acordou assustado. Não podia sair do seu ninho, por várias razões: O que o povo ia imaginar? Não ficava bem provocar risada durante a missa. Não queria denunciar sua devoção e suas penitências. Esperou terminar a missa e escapou do esconderijo.
O superior quis saber:
- Onde esteve esta manhã?
Teve de confessar o crime.
Bem, pobres dormem debaixo da ponte. Santos, debaixo do altar.
Enviado por : Carlos-Teresa
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